O tratamento se baseia em exercícios de alongamento, respiração, relaxamento, além de fortalecimentos de músculos específicos sobrecarregados na gravidez e preparo da musculatura abdominal e do assoalho pélvico.
A gestação causa uma séria de alterações no corpo da mulher que são necessárias para o desenvolvimento do bebê. Tais mudanças podem gerar dores, desconforto e limitações em suas atividades de vida diária. Sendo assim, o ideal é que ao engravidar a pessoa procure um fisioterapeuta para realizar a Fisioterapia Obstétrica que tem objetivo de proporcionar conforto para o período. O tratamento se baseia em exercícios de alongamento, respiração, relaxamento, além de fortalecimentos de músculos específicos sobrecarregados na gravidez e preparo da musculatura abdominal e do assoalho pélvico ou períneo.
A Fisioterapia Obstétrica ainda auxilia nas pacientes com queixas comuns de câimbras, falta de ar e inchaço, fazendo com que a gestante viva essa fase com melhor qualidade de vida e se prepare para o parto.
Além do preparo global realizado por fisioterapeutas, o ideal é que toda gestantes faça um treinamento específico com o assoalho pélvico, que é uma rede de músculos que fecha a cavidade inferior da pelve e que sustenta bexiga, útero, intestino e ainda controla urina, fezes e funções sexuais.
“Devido o peso do bebê e outros fatores, essa rede de músculos é sobrecarregada durante o processo gestacional. Então, independente se o parto for cesariano ou normal é importante que a mulher se atente ao assoalho pélvico e passe por uma avaliação com um Fisioterapeuta, pois mesmo que não tenha sintomas e independente da via de parto, o profissional irá preparar a rede de músculos para a sobrecarga e evitar disfunções”, explicam as Fisioterapeutas Mayara Barros e Mabel Pavani.
Parto Normal – para quem tem essa opção e pode, as fisioterapeutas esclarecem que tem que ser realizado um preparo específico dos músculos para o momento do período expulsivo do nascimento, evitando lesões musculares como laceração ou episiotomia (que é o pic, quando o médico tem que cortar o períneo no momento do parto). “Ou seja, quanto melhor essa mamãe se preparar menos dor irá sentir e com o preparo do assoalho pélvico para a chegada do bebê, consequentemente mais segura e ativa ela estará na hora do parto”, elucidam.
Trabalho de parto – além de todo o preparo durante a gravidez, especificamente no final da gestação para o parto normal, a Fisioterapia Obstétrica também atua no trabalho de parto. “O objetivo é adotar com a paciente, exercícios que estimulem a descida do bebê em posições verticais, tais como a caminhada, exercícios de cócoras e na bola de pilates, tendo em vista que esses treinamentos aumentam o diâmetro da pelve, auxiliando na descida do feto. É onde a gente encontra recursos de alívio de dor, sem a introdução de meios farmacológicos”, informa Drª Mayara ao acrescentar que são usados recursos como a Termoterapia, a massagem, o uso da Estimulação Elétrica Transcutânea (TENS) e exercícios respiratórios. “Então a gente acompanha a paciente desde o início do trabalho de parto até o nascimento do bebê”.
Prestes a dar a luz a seu 1º filho que se chamará João Pedro, Drª Mayara Barros conta que começou a usufruir da Fisioterapia Obstétrica no período certo: na trigésima semana de gravidez.
Ao longo da gravidez são necessárias pelo menos nove visitas e ela cumpriu tudo à risca. O esposo da fisioterapeuta, Alexandre Guimarães, participou de quase todas as etapas do acompanhamento e estará com ela na chegada do primogênito. “Ele foi bem orientado sobre o papel dele no dia do parto, estamos muito seguros, aconselho a todas as gestantes, todos os casais a fazerem o mesmo que nós. O período gestacional se torna muito mais suave e seguro”, garante Drª Mayara que na parceria com a Drª Mabel já contribuiu para a chegada de vários bebês ao mundo.
Orientações durante o pré-natal – são ministrados ‘cursinhos’ com os pais, fornecidas informações sobre as alterações que a gestante irá passar, as fases do trabalho de parto e o que a futura mamãe deverá fazer em cada etapa. Com o auxílio da Fisioterapia Obstétrica, os pais ficam ativos, prevendo como vai ser o trabalho de parto e a gestante se torna protagonista do grande momento.
Para mulher que pretende engravidar – a fisioterapeuta Drª Mabel Pavani, orienta é necessária uma avaliação da musculatura do assoalho pélvico para que tal musculatura possa ser preparada anteriormente a gestação, pois muitas mulheres apresentam disfunções mesmo antes da gravidez, aí a sobrecarga do período pode gerar inúmeras disfunções. Foi por ter plena certeza disso que a fisioterapeuta Mayra diz que se tornou paciente Mabel, antes mesmo de engravidar.
Fisioterapia no pós-parto – tão importante quanto no pré-parto, a Fisioterapia Obstétrica também é fundamental no pós-parto. Drª Mabel diz que mesmo para aquelas que não passaram por um parto normal é importante voltar ao fisioterapeuta para analisar e a reavaliar a musculatura abdominal e do assoalho pélvico, para ver se houve alguma disfunção após a gestação.
É importante citar que o Fisioterapeuta trabalha em conjunto com o obstetra, fator importante para a atuação multiciplinar.
Em suma, o serviço de Fisioterapia prepara o corpo e controla a ansiedade da mulher – para um dos momentos mais importantes da sua vida – a hora de dar luz a um filho. A Fisioterapia Obstétrica é sinônimo de qualidade e bem estar.
Fonte: Crefito9 por Márcia Martins